
Hoje, acordei meio assim, suicida.
O mundo está em preto e branco
Da sacada não se vê flores
Apenas os edifícios e o céu cinzento
O café amargo intensifica o desejo
A fumaça do cigarro desfaz-se no ar
Do mesmo modo como queria desfazer-me
Por perto, não existe o som do mar
Ou os badalos de um sino
Apenas o silêncio me atormentando com a sua presença
O vento não sopra, está tudo tão inerte.
Inerte como um corpo sem alma, sem essência.
Queria estar caminhando em uma praia
O dia poderia continuar cinzento,
O som das ondas quebraria o silêncio
E as ondas apagariam as pegadas que deixei na areia.
[Immanuel]