07 dezembro 2010

Morte


A morte talvez seja um dos maiores mistérios que circundam o ser humano.
Nunca sabemos a hora que deixaremos a nossa futil existência. Será que teremos aproveitado a nossa vida como gostariamos? Fomos realmente felizes? E se eu pudesse ter feito diferente?

Li um texto do Pedro Bial que refere-se justamente a este destino que inevitavelmente todos teremos. Uns mais cedo, outros mais tarde.



Morte - Pedro Bial

Assisti a algumas imagens do velório do Bussunda, quando os colegas do Casseta & Planeta deram seus depoimentos, parecia que a qualquer instante iria estourar uma piada,estava tudo sério demais, faltava a esculhambação, a zombaria, a desestruturação da cena, mas nada acontecia ali de risível, era só dor e a perplexidade, que é mesmo o que causa em todos os que ficam.

A verdade é que não havia nada a acrescentar no roteiro: a morte por si só, é uma piada pronta. A morte é ridículo. Você combinou de jantar com a namorada, está em pleno tratamento dentário. Tem planos para semana que vem, precisa autenticar um documento em cartório... Colocar gasolina no carro e no meio da tarde...
MORRE.

Como assim?

E os e-mails que você ainda não abriu?

O livro que ficou pela metade?

O telefonema que você prometeu dar a tardinha para um cliente?

Não sei de onde tiraram esta idéia: MORRER...

A troco de que?

Você passou mais de 10 anos da sua vida dentro de um colégio estudando fórmulas químicas que não serviram para nada, mas se manteve lá, fez as provas, foi em frente. Praticou muita educação física, quase perdeu o fôlego. Mas não desistiu.
Passou madrugadas sem dormir para estudar pro vestibular mesmo sem ter certeza do que gostaria de fazer da vida, cheio de duvidas quanto à profissão escolhida...
Mas era hora de decidir, então decidiu, e mais uma vez foi em frente...
De uma hora pra outro, tudo isso termina...
Numa colisão na freeway...
Numa artéria entupida...
Num disparo feito por um delinqüente que gostou do seu tênis...

Qual é?

Morrer é um chiste.

Obriga você a sair no melhor da festa sem se despedir de ninguém, sem ter dançado com a garota mais linda, sem ter tido tempo de ouvir outra vez sua música preferida.

Você deixou em casa suas camisas penduradas nos cabides, sua toalha úmida no varal, e penduradas também algumas contas...

Os outros vão ser obrigados a arrumar suas tralhas, a mexer nas suas gavetas...
A apagar as pistas que você deixou durante uma vida inteira.

Logo você que dizia: das minhas coisas cuido eu.

Que pegadinha macabra: você sai sem tomar café e talvez não almoce, caminha por uma rua e talvez não chegue na próxima esquina, começa a falar e talvez não conclua o que pretende dizer. Não faz exames médicos, fuma dois maços por dia, bebe de tudo, curte costelas gordas e mulheres magras e morre num sábado de manha.

Se faz check-up regulares e não tem vícios, morre do mesmo jeito... Isso é para ser levado a sério?

Tendo mais de cem anos de idade, vá lá, o sono eterno pode ser bem vindo...

Já não há muito mesmo a fazer, o corpo não acompanha a mente, e a mente também já rateia, sem falar que há quase nada guardado nas gavetas. ok, hora de descansar em paz.

Mas antes de viver tudo?

Morrer cedo é uma transgressão, desfaz a ordem natural das coisas.
Morrer é um exagero.
E, como se sabe, o exagero é a matéria-prima das piadas.
Só que esta não tem graça.
Por isso viva tudo que há para viver.
Não se apegue as coisas pequenas e inúteis da vida...
Perdoe...
Sempre!!


"é preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã, porque se você parar pra pensar, na verdade, não há!" (Renato Russo)

25 setembro 2010


Quando cheguei perto senti o cheiro do Orvalho

Lembranças de minha infância surgiam pelos ares

Lembrei-me da minha chupeta e do meu chocalho

Quando eu corria pelas ruas da cidade

E brincava em minha casa rolando pelo assoalho

Enquanto minha mãe limpava a casa

E Cozinhava o feijão, com louro, salsinha e alho

Hoje, não tenho mais o tempo que passou

Ficou tudo para trás, se desfez como se desfaz o orvalho.

24 setembro 2010

Outono, Verão - Amor de estação


As folhas caiam no chão
Anunciando o inicio do Outono
E o fim do verão
Sentado em um banco com o meu diário
Folheando as páginas, quanta recordação
Dos passeios pelo lago, de mãos dadas
Ou pelas ruas da cidade
Nas gramas do parcão
Mas agora tenho certeza
Virou saudade, desfez-se a paixão
Você não está mais aqui
Foi apenas um amor de estação.

Deixe Estar




Deixe tudo como está
Tudo o que foi um dia
Nunca mais vai voltar...
Os dias caminhando ao sol ficaram no passado
Procure novas formas para se alegrar
Mas não jogue fora as nossas cartas de amor
Pois um dia nós vamos querer relembrar..
Dos momento bons de toda a nossa paixão..
Que para sempre em meu coração vão estar.

08 setembro 2010


Um último suspiro, um último cigarro, então gostaria de partir. Partir para onde eu não sinta nada, nem amor, nem ódio, apenas paz.

Frasco Vazio


Algo se apagou, a essência esvaiu-se em milhares de gotículas. Sobrou apenas o corpo físico, um frasco vazio sem o perfume da vida.


03 setembro 2010


"Estrelas brilham através do universo, os planetas percorrem sua órbita. Sigo sozinho ma minha trajetória criando frases soltas."




Palavras


Palavras livres, palavras soltas, formosas palavras, apenas palavras.

Lapidá-las, esculpi-las

Torná-las belas obras de arte, como um sólido bloco de mármore ganhando formas, traços e expressões na mão do artista.

A simbolização de um sentimento, de uma emoção áurea que habita o interior do poeta.

Palavras livres, palavras soltas, formosas palavras, apenas palavras.

"Pensar, refletir, e não ter para onde fugir. Olhar para todos os lados, sentar. Não encontro cura, não encontro paz, não tenho liberdade."


"Alegrias momentâneas não transformam o ser, amenizam situações duradouras. Sentimentos, o âmago do meu ser, uma melancolia insopitável".


31 agosto 2010

Fênix



A Fênix se ergue novamente das cinzas.

De um abismo negro, onde só havia escuridão, e uma queda eterna. Mas ela desperta.. abre suas asas de fogo.. Alça seu corpo formando labaredas a sua volta, e projeta-se para o alto, tão veloz quanto um projétil. A melodia que saia de seu bico era tão suave que acalmava o mais enfurecido dos homens.

A multidão aglomera-se para ver aquela flecha em chamas que cortava o céu, com todo o seu esplendor e magnitude.

Então, ela some no horizonte, para seguir sua trajetória, até o dia em que ela novamente renascera da escuridão para mais uma vez alçar o voo para o infinito."


Abstrato







"Tudo é tão concreto. Queria ser abstrato, apenas um pensamento ou um sonho. Poder viajar a todas os lugares com apenas um fechar de olhos."







Ode ao Outono!

Dentre todas as estações o outono é aquela que nos desperta o sentimento mais melancólico e nostálgico. É um período de transição, a in...